O amor me parece ser um só. Um só
sentimento que vem aliado a vários outros, ou ao menos deveria estar aliado(?). O
amor tem parceiros. Aliás, noto que a vida é quase toda feita de parceiros. O
ser humano sozinho é máquina, mais do que às vezes questionamos ser. Questionamos-nos
o que somos, o que podemos, até onde vamos ou poderíamos ir e assim vamos
movendo essa grande roda. Quando a gente encontra a resposta, está respondido.
Pronto. Próxima pergunta.
Na verdade isso não é sobre amor. Isso é sobre
espontaneidade, sobre risos fartos ou encolhidos, sobre a liberdade e
responsabilidade de querer e fazer, se for correto ou não. De decidir o que se
quer. De opinar, de ajudar, de contribuir. Mas a verdade é que é tudo sobre
espontaneidade.
Noto as pessoas fechadas em bolhas, em círculos cada vez
mais encurtados, rindo de piadas cada vez mais internas, vestindo roupas cada
vez menos compráveis, lendo ou movendo o que alcança a poucos. A gentileza, a
alegria (não é felicidade), a amabilidade, se perde nesse espaço tão pequeno
onde cada um se prende. É à prova de ruídos..., não se escuta o choro do outro,
a clemência talvez, o pedido de ajuda em silêncio não se passa também. Não se
passa a compreensão, a tolerância, a paciência, a graça. A graça de se ver
diferente, contudo tão igual a todos. O coração aberto é exercício diário; é
agulha pra bolha; é antisséptico de ferida; é o doce do que é realmente doce,
mas também mostra o amargo com temos de conviver diariamente, afinal só
conhecendo todos estes gostos, os saberemos distinguir um do outro e quem sabe
alterar a receita: A MEDIDA.
O anseio da vida, vive, a aspiração de ser livre é
liberta. Está dentro de cada um. Enquanto o coração se sentir leve, o todo é.
Desejo amor para todos, mas também desejo agulhas,
amarguras, consciência, senso, tolerância, júbilo..., para assim:
FE LI CI DA DE.
Não o dia todo, mas
todos os dias.
Algumas fotos nos fazem viajar...
Essa "imagem" não é minha ou conhecida, mas me levou a este lugar, a este momento.